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ONU alerta: conflito entre Israel e Irã pode sair do controle
Foto: Eric Bridiers
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, fez um alerta contundente nesta sexta-feira (20) durante uma reunião de emergência no Conselho de Segurança. Segundo ele, o atual conflito entre Israel e Irã corre o risco de sair completamente do controle, colocando em perigo toda a região do Oriente Médio.
Guterres pediu “máxima contenção” de todas as partes envolvidas e reforçou o apelo por uma solução diplomática imediata. “Não estamos apenas diante de incidentes isolados. Estamos caminhando para o caos. A expansão deste conflito pode acender um fogo que ninguém será capaz de apagar”, afirmou o chefe da ONU.
O alerta chega em meio a uma escalada de violência nas últimas horas. Israel intensificou os ataques aéreos contra instalações militares e nucleares no território iraniano. Em resposta, o Irã lançou uma série de mísseis contra cidades israelenses como Haifa e Beersheba, deixando dezenas de feridos. Segundo autoridades locais, o número de mortos já passa de 600 no Irã, com mais de mil feridos. Em Israel, também há registro de vítimas fatais e feridos.
Outro motivo de preocupação internacional é o risco de ataques a instalações nucleares. O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, alertou que há indícios de contaminação em alguns locais no Irã, embora até o momento não haja impacto radiológico detectado fora dessas áreas.
No campo diplomático, o chanceler iraniano, Abbas Araghchi, declarou em Genebra que Teerã estaria disposto a “considerar a diplomacia”, desde que Israel interrompa suas ofensivas. A União Europeia tenta articular um retorno às negociações nucleares, enquanto China e Rússia exigem uma desescalada imediata.
Os Estados Unidos, por sua vez, reafirmaram apoio total a Israel, mas seguem avaliando uma possível intervenção direta no conflito.
A comunidade internacional acompanha com grande preocupação o desenrolar da crise. Até o momento, não há sinal de trégua, mas os esforços diplomáticos continuam para evitar que o Oriente Médio mergulhe em uma guerra de proporções ainda maiores.
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